Belgian blocks


Depois de um dia inteiro, kilometros de pedras pontiagudas, escapando de barrancos ameaçadores, espantando urubus que se divertiam com lixo dos moradores locais, ou com carcaças abandonadas de cachorros, gatos ou tatus, finalizamos o percurso sem maiores incidentes.

Os instrumentos de telemetria, precariamente instalados na parte inferior do carro sobreviveram e contaram à sua maneira, os muitos buracos, frenagens e curvas forçadas, através de deslocamentos axiais longitudinais, transversais, verticais e muitos outros ais, com os, pelo menos, seis eixos de liberdade e de atuação foram impostos.

O carro estava com acerto de suspensão traseiro muito "solto", dificultando muito a pilotagem e forçando a correção contínua de trajetória.

Os buracos eram formados por paralelepípedos soltos, ou seja, tinham lateral abrupta, com, pelo menos 20 cm de profundidade. Pegar um desses, era roda torta, terminal ou pivô estourado, na certa.

Os moradores, torcedores, transeuntes locais dificultaram um pouco o trajeto, forçando a redução do velocidade. Um carro velho, uma moto lenta, um carrinho do vendedor de verdura, tudo foi motivo. Claro a pista não era fechada, característica de corridas abertas desse tipo. Como o Paris - Dakar, ninguém consegue manter um circuito deste tipo seguro.

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